COMPLICAÇÕES MATERNAS E NEONATAIS ASSOCIADOS AO PARTO CESÁREO VERSUS VAGINAL: UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.71248/hrj4cr32Palavras-chave:
Parto cesáreo, Parto vaginal, Complicações maternasResumo
Objetivo: Comparar as principais complicações maternas e neonatais associadas ao parto cesáreo e ao parto vaginal, com base na literatura científica atualizada. Métodos: Revisão narrativa da literatura realizada nas bases PubMed, SciELO, LILACS e BVS entre março e junho de 2025. Foram incluídos artigos publicados entre 2015 e 2025 nos idiomas português, inglês e espanhol. Selecionaram-se estudos observacionais, revisões sistemáticas, metanálises, diretrizes e documentos de órgãos oficiais que abordassem complicações relacionadas à via de parto. Resultados e Discussão: A cesariana apresentou maior risco de infecção puerperal, hemorragia, complicações anestésicas, além de maiores taxas de internação neonatal e risco aumentado de complicações obstétricas futuras. O parto vaginal mostrou-se associado a menor morbidade materna imediata e melhores desfechos respiratórios neonatais, embora possa resultar em traumas perineais e disfunções do assoalho pélvico. A escolha adequada da via de parto deve considerar riscos individuais, evidências científicas e decisão compartilhada com a gestante. Conclusão: O uso racional da cesariana é fundamental para reduzir riscos materno- infantis. O incentivo ao parto vaginal, quando não houver contraindicação, deve ser estimulado conforme recomendações da OMS e FEBRASGO.
Referências
BETRÁN, A. P. et al. The Increasing Trend in Caesarean Section Rates: Global, Regional and National Estimates: 1990-2014. PLoS ONE, v. 11, n. 2, p.e0148343, fev. 2016.
BOWERS, A. et al. Obstetric anal sphincter injury: risk factors, prevention, and management. Obstetrical & Gynecological Survey,v. 72, n. 4, p. 245–252, abr. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS – DATASUS. Nascidos vivos por tipo de parto – Brasil, 2022.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E
FIGO – International Federation of Gynecology and Obstetrics. Management of the second stage of labor: FIGO Good Practice Recommendations. International Journal of Gynecology & Obstetrics, v. 149, n. 1, p. 23–27, jul. 2020.
GÜNTHER, V. et al. Maternal and neonatal outcomes after cesarean section compared with vaginal delivery: a meta-analysis. International Journal of Gynecology & Obstetrics, v. 160, n. 2, p. 372–380, fev. 2023.
JAUNIAUX, E. et al. FIGO consensus guidelines on placenta accreta spectrum disorders: Epidemiology. International Journal of Gynecology & Obstetrics, v. 140, n. 3, p. 265–273, mar. 2018.
MASCARELLO, Keila Cristina et al. Complicações puerperais precoces e tardias associadas à via de parto em uma coorte no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 21, n. 0, 20 ago. 2018.
MASCARELLO, Keila Cristina; HORTA, Bernardo Lessa; SILVEIRA, Mariângela Freitas. Maternal complications and cesarean section without indication: systematic review and meta-analysis. Revista de Saúde Pública, v. 51, p. 105, 27 nov. 2017.
OBSTETRÍCIA (FEBRASGO). Posicionamento oficial: Taxas de cesariana no Brasil e seus impactos. São Paulo: FEBRASGO, ago. 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Taxas de cesarianas continuam aumentando em meio a crescentes desigualdades no acesso, afirma OMS.
SILVA, Thales Philipe Rodrigues da et al. Factors associated with normal and cesarean delivery in public and private maternity hospitals: a cross-sectional study. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. suppl 4, 2020.
TOLCHIN, B. D. et al. Association of Cesarean Delivery with Neonatal Respiratory Morbidity. JAMA Pediatrics,, v. 174, n. 9, p. 874–881, set. 2020.
VOGEL, J. P. et al. Use of the Robson classification to assess caesarean section trends in 21 countries: a secondary analysis of two WHO multicountry surveys. The Lancet Global Health, Londres, v. 3, n. 5, p. e260–e270, mai. 2015.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). WHO Statement on Caesarean Section Rates. Geneva: WHO, abr. 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Cognitus Interdisciplinary Journal

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.




